terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Livro 21 - De Alma Leve


Livro 21 - De Alma Leve - sutilezas do cotidiano - Joyce Pascowitch

Joyce é jornalista, já trabalhou na Folha de São Paulo, na revista Quem, na GloboNews, entre outros meios. Há 12 anos tem o site Glamurama, com notas sobre a vida social brasileira, moda e outros assuntinhos afins. Além do site, ela edita quatro revistas: "Joyce Pascowitch", "Poder", "Moda" e "Modos de Viver".

Nesse site, Joyce possui um blog, chamado "Eu, Joyce" (http://eujoyce.glamurama.uol.com.br/), onde ela divide pedaços de seu cotidiano com os leitores, como um diário virtual.

O livro, lançado em 2005, traz um apanhado desses "pedaços". Com simplicidade, sinceridade e humor, o livro realmente deixa a gente com a "alma leve"... recomendo!

Livro 20 - A Arte de Não Fazer Nada


Livro 20 - A Arte de Não Fazer Nada - jeitos simples de dar um tempo todo dia - Véronique Vienne com fotos de Erica Lennard - Publifolha

Olhem essas fotos:






O livro foi escrito pela jornalisa Véronique Vienne, com essas fotos maravilhosas de Erica Lennard. Ele é muito mais do que um livro com "dicas" para relaxamento. É poético. Sim, o livro fala sobre a arte de respirar, arte de meditar, de tomar banho, de ouvir, de saber esperar  e outras ótimas dicas. O texto de Véronique juntamente com as fotografias de Erica Lennar transformam o livro numa viagem lúdica e muito prazeirosa.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Livro 19 - Julie & Julia


Livro 19 - Julie & Julia - Julie Powel

Ontem não consegui escrever sobre o livro. É algo engraçado que acontece, ou talvez eu que seja meio louca. Preciso sentir o "espírito" do livro, sua "alma", para poder escrever. E depois de ler Julie & Julia fiquei pensando e tentando capturar sua alma...

Confesso que acredito que essa dificuldade com esse livro se deva ao fato de, em vários aspectos, me identificar com Julie (e com a Julia, conforme Julie escreve ao final). E também de ficar com raiva de Julie. Pode? Pode... fazer o que. Julie escreve de maneira desconcertante - sua sinceridade, suas expectativas, tudo. As vezes dava vontade de falar: "fia, para de cozinhar e vai limpar a casa, vai", pela descrição que ela dava de sua própria cozinha... hahahaha.

Bom. Depois de pensar, acho que encontrei a "alma" do livro, que é, segundo a autora, a alma de Julia Child: alegria e possibilidades.

Foi isso que Julie descobriu, e acho que casa bem com toda a história. Alegria... e saber enxergar todas as novas possibilidades da vida...

... e bon appetite!

Julie Powel e..


.... sua musa inspiradora, Julia Child, fazendo parecer que desossar um pato é a coisa mais fácil do mundo...

domingo, 29 de janeiro de 2012

Livro 18 - Amy Winehouse Biografia


Livro 18 - Amy Winehouse Biografia - Chas Newkey-Burden

Achei esse livro por R$ 4,99 nas lojas Americanas e não resisti.

Bom, para começo de conversa, o livro foi escrito em 2008, no ápice da crise Amy X prisão de Blake + uso de drogas. Embora comece meio chato (acho que é um defeito meu.. quase todos livros acho chatos no começo...), depois o autor vai aprofundando na vida de Amy, como ela realmente começou, as escolas de arte que frequentou, as amizades e como ela vivia no período.

Em seguida parte para uma análise de faixas dos discos dela, Frank e Back to Black, com trechos de entrevistas da própria Amy, de produtores e também trechos de resenhas de vários jornais e revistas especializados sobre os mesmos.

Me chamou a atenção o fato de vários artistas, como Mick Jagger, Ringo Star, Liam Gallagher, Mary J. Blige e até Pete Doherty darem força e torcerem para sua "recuperação" (página 198).

Outra coisa: na época que o livro foi escrito, Amy tinha 24 anos. O autor ainda comenta, como se fosse uma previsão, que ela ainda era jovem e que não tinha alcançado a "perigosa idade do rock-and-roll", que levou gente como Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Jim Morrison e Kurt Cobain: os temidos 27 anos.... mas sabia ele que sim, que a maldição dos 27 ia levar Amy e todo seu talento.

PS: pelo que pesquisei, o autor é um "expert" em biografias... dessa de Amy, passa por Justin Bieber (sem comentários) e Adele.....

sábado, 28 de janeiro de 2012

Livro 17 - O Caderno de Maya


Livro 17 - O Caderno de Maya - Isabel Allende

A primeira vez que ouvi falar na autora foi quando lançaram o filme "A Casa dos Espíritos", com Jeremy Irons, Glenn Close e Meryl Streep, em 1993. A autora sempre teve uma veia "realismo fantástico" e também politizada - sempre fala sobre a ditadura militar do Chile, onde seu tio foi presidente deposto pelo golpe militar (Salvador Allende).

Para quem é familiarizado com a obra de Isabel, os temas principais de seus livros estão lá: seu país, o Chile, política (com a ditadura) e magia e superstições. Embora a temática desse novo livro seja completamente diferente.

A idéia do livro surgiu de um pedido de seus netos, que queriam algo mais "contemporâneo". Surge Maya, uma menina de 19 anos criada pelos avós que, após a morte de seu avô - de seu Popo, como ela o chama, se envolve com drogas, crimes e prostituição - uma fábula moderna. A personagem, nascida em Berkeley, depois de tudo o que passou, é mandada pela avó para uma ilhota ao sul do Chile, onde fica morando com um amigo de sua avó, que sofreu com a ditadura. Com a vida que leva na ilha, com suas superstições e misticismos, Maya acaba aprendendo mais sobre sua avó Nini e sobre ela mesma. Como fala na contracapa, sobre a história:  Um passado que a perseguia. Um futuro ainda por construir. E um caderno para escrever toda uma vida. Nesse caderno Maya vai sintetizando e organizando sua própria vida e história.
O livro tem um toque de suspense, e é muito bem trabalhado pela autora, fazendo com que não consigamos largar o livro até saber mais e mais sobre a história.

Maya foi "criada" inspirada em duas netas, e ela conta que foi uma das personagens mais sofridas de escrever, pois sentia que a personagem caia numa teia criada por ela própria, por sua imaturidade, e que a autora "não podia e não conseguia proteger".

Em relação ao misticismo Isabel fala que isso faz parte de sua própria vida, e, consequentemente, de seus livros.

Uma ótima história, um livro que prende a atenção do leitor. É isso que sempre esperamos de um livro, e esse não decepciona!

(Hoje o post está meia boca... culpa do horário... sorry, people)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Livro 16 - Yolanda


Livro 16 - Yolanda - Antonio Bivar

Em 2004 a Rede Globo colocou no ar a minissérie Um Só Coração, escrita por Maria Adelaide Amaral, em homenagem aos 450 anos da cidade de São Paulo. O papel de Yolanda Penteado ficou com a atriz Ana Paula Arósio. Na trama há romances fictícios, pois a família de seu primeiro marido, Jayme da Silva Telles, não autorizou a aparição do mesmo na trama. Já seu segundo marido, Ciccillo Matarazzo, foi interpretado pelo ator Edson Celulari.

Não lembro da minissérie, acho que assisti somente alguns capítulos, mas lendo a biografia de Yolanda, escrita pelo dramaturgo e escritor Antonio Bivar, posso dizer que a vida da verdadeira Yolanda extrapola e muito a minissérie, quiçá qualquer obra de ficção.

Yolanda gostava de dizer que era descendente direta dos primeiros portugueses que aqui chegaram juntamente com índias - "mancebos portugueses e raparigas 100% índias".

Ela era muito apegada à mãe, talvez porque fosse um pouco temporã, e ouviu de dona Guiomar o seguinte conselho: "minha filha, desaforo a gente não leva para casa". Isso talvez tenha refletido em muito na personalidade marcante de Yolanda. Outro "lema", por assim dizer, é "tudo na vida é questão de tempo".

Uma curiosidade de sua "vida amorosa": recusou pedidos de casamento de Santos-Dumont e de Assis Chateaubriand. Foi amiga do último até a morte deste.

Agora a pergunta: o que Yolanda tem a ver com uma minissérie sobre os 450 anos de São Paulo? Yolanda era uma pessoa que tinha o que chamavam de "it" (sim, termo usado hoje em dia). Não se dizia carisma, se dizia "it".

Ela tem um papel fundamental na implantação de São Paulo como capital cultural do país. Ela, juntamente com Ciccillo Matarazzo, implantaram museus, doaram obras importantíssimas para os mesmos, conviveu com artistas como Di Cavalcanti (que pintou um retrato seu) e Pablo Picasso.

Outra façanha feita foi a "criação" da Bienal de São Paulo. Yolanda era uma "embaixatriz" sem cargo do Brasil. Com sua coragem e determinação, conseguia os contatos certos, e consequentemento, o que queria.

Ela tinha como protegidas Eliana Lage (que trabalhou como atriz em alguns filmes da Vera Cruz e depois virou fazendeira como a própria Yolanda) e também Costanza Pascolato.

Uma curiosidade: o pai de Costanza ficou hospedado, em Veneza, na casa do Conde Matarazzo, que o convenceu a vir para o Brasil ao invés de ir para a... Argentina! Costança contou à Antonio Bivar que, como na época não era de "bom-tom" repetir roupas, ganhava muitas coisas da Yolanda, legítimos vestidos griffados.

Yolanda tinha savoir-faire. Transitava entre os empregados de sua fazenda (onde plantou de café a cana de açúcar, passando por criação de bicho da seda) até a alta sociedade e artistas.

Empreendedora, a frente de seu tempo, Yolanda era realmente "IT".

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Livro 15 - Medida Certa


Livro 15 - Medida Certa - Renata Ceribelli e Zeca Camargo com Márcio Atalla.

Sim, o quadro do Fantástico se transformou em um livro.  E eu comprei. E li. E quero começar djá a fazer atividades físicas (Márcio Atalla, cade você). Talvez projeto verão 2013....rsrsrs

Bom, eu sou viciada em revistas. Compro revistas de quase tudo - de tatuagem a pilates, passando por moda e revistas de "beleza" - dessas que sempre vem com alguma beldade na capa, dizendo que só toma água e faz algumas aulinhas de Pilates para ficar com aquele corpinho. Tá, meu bem....

Bom, voltado às revistas: a parte que eu mais gosto não é a estrela da capa contando que faz hidratação Kerastase e drenagem linfática e Manthus e Velashape e sei lá mais o que no salão, na clínica de estética, na dermatologista. São os depoimentos de pessoas "normais", com dificuldades como as nossas - tempo, dinheiro, etc.

Não assisti todos os quadros no programa. Mas resolvi comprar o livro porque o Zeca e a Renata passam uma imagem mais real do que as estrelas citadas acima. E não me arrependi. O livro é um p*** incentivo para a gente, muito além de estética, ter saúde, disposição, energia. E sem desculpa de tempo. Renata "pulou corda" sem corda durante meia hora num quarto de hotel. Zeca viajou e andava a pé, para praticar "os exercícios" du jour.

O que mais me tocou no livro foi a Renata Ceribelli dizer que, após uma trilha onde a maioria era jovem ou europeu (mais velhos) que ela percebeu que não tinha esse papo de que idade era coisa de cabeça. O importante é ter disposição de jovem. Não é possível recuperar o corpo que a gente tinha aos 15, 18, 20 anos, mas sim recuperar um corpo ágil e saudável, para podermos envelhecer bem.

Moral da história: para quem gosta e precisa de um incentivo para começar a se cuidar, super recomendo o livro!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Livro 14 - Dercy de Cabo a Rabo


Livro 14 - Dercy de Cabo a Rabo - Maria Adelaide Amaral

Deixo palavras da própria Dercy:
"Depois que virei "cultura" e "exemplo de vida", ninguém mais se atreve a falar de mim, porque também devem pensar assim: "Bom, tá com oitenta e sete, pode bater as botas a qualquer momento; pnchar a velha agora pode ficar chato". Mas naépoca que euera chamada de a rainha do deboche tive que lutar contra uma porrada de gente que prefiro nem citar, porque não estou a fim de promover ente safada. Fuis desancada pelos críticos, vítima de várias campanhas de imprensa, muitos jornalistas me acusaram de ser imoral e de solapar os princípios da família brasileira. O mais gozado de tudo isso é que alguns deles não valem nada, são chantagistas, corruptos, moralistas sem moral.
Eu incomodo esse tipo de gente porque sou o contrário deles. Não sou falsa nem fingida, sou o que sou, nunca escondi o que foi minha vida pra ninguém nem tenho rabo preso, E sempre tive muita moral pra guerrear contra essa gente. Muitas vezes, foi um luta desigual, porue a única arma de que eu dispunha ra o meu peito aberto." - página 262

Vou contra Mário Lago, não era Amélia, mas, sim, Dercy, que era mulher de verdade.

Agora, Maria Adelaide Amaral que me perdoe, mas uma mulher que ajudou a "criar" a Rede Globo merecia homenagem muito maior. Tipo Maysa... mas quem mandou não ter filho diretor...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Livro 13 - As Rosas Inglesas


Livro 13 - As Rosas Inglesas - Madonna

Dedicado a Sidney Daher Moisés Filho

Não é surpreendente ler um livro escrito pela diva deusa-mor rainha do pop? Eu acho. Para quem tinha lançado SEX, em 1992, escrever um livro para crianças, em 2003, não mostra como ela mudou, mas sim, sua versatilidade. Ela dedica o livro à famíla Berg (cabala) e ao seu "amor" Guy Ritchie e dedica o livro à Lolla e Rocco.

A história fala sobre o grupo de meninas chamados "As Rosas Inglesas", que morriam de ciúme de uma menina chamada Binah, que todos falavam que era linda, especial, etc e tal. E elas esnobavam cada vez mais Binah por causa disso. Mas não vou falar sobre a história toda, vou falar de pontos que chamaram minha atenção.

Primeiro: Binah, o nome da menina esnobada, é, na cabala, um dos sephirots da Árvore da Vida, e significa "Entendimento".
Segundo: todo o livro, para quem tem o mínimo conhecimento sobre Cabala, mostra uma mensagem subliminar - por exemplo: quando as "Rosas Inglesas" tiveram o verdadeiro "entendimento" sobre a vida de Binah, houve amizade e harmonia entre elas.
Terceiro: talvez o ponto mais bestinha, mas achei a personagem Nicole uma versão mini Madonna. No livro Nicole tem mãe dedicada, e ela gosta de dançar.... Vogue (quem é fã de Madonna sabe e já dançou... se não... dá-lhe GOOGLE.

Moral cabalística da história: se há "Binah" entre as pessoas, há harmonia e crescimento. E dá-lhe estudo de Cabala e Árvore da Vida....

Nicole é a primeira...

...e aqui, de óculos, no colo da mãe...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Livro 12 - A Maçã no Escuro


Livro 12 - A Maçã no Escuro - Clarice Lispector

Dedico este post à Yael Botelho.

Na verdade, fico sem palavras... o que falar de Clarice? Ucraniana radicada no Brasil, uma de nosss maiores escritoras... Sua obra transcende.

Não vou nem resumir a história de A Maçã no Escuro, pois é um dever conhecer a obra de Clarice! Ela, como ninguém, sabe contar uma história! Mas só um aperitivo: Martim, o personagem principal, é um fugitivo, pois cometeu um crime. Em sua fuga, ele começa a trabalhar em uma fazenda. E... só lendo o resto, porque qualquer outra coisa mais mata a riqueza da narrativa.

E ainda dou uma dica de leitura, para quem quer saber mais sobre a vida dela: o livro CLARICE, - Benjamin Moser, um americano que se apaixonou pelos livros dela, inclusive aprendeu português por causa disso e escreveu esse livro maravilhoso sobre a vida de Clarice - dos antepassados na Ucrânia, passando pela imigração para o Brasil, enfim, por toda a vida dela.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Livro 11 - Coolhunters: caçadores de tendências na moda


Livro 11 - Coolhunter: caçadores de tendências na moda - Marta Domínguez Riezu

A autora é uma jornalista, formada em Comunicação Audiovisual pela Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona e atua como coolhunter independente desde 1999 para várias marcas. Além disso é colaboradora de diversos "periódicos" espanhóis.

Bem ou mal todo mundo se interessa ou é influenciado pela moda. Seja no estilo e cor de uma roupa, seja nas tintas para pintar a casa, seja no carro considerado o "melhor do ano" pela imprensa especializada. Todos. O que isso tem a ver com o livro? Tudo, porque os "especialistas" em tendências - coolhunter - captam o zeitgeist do momento e fazem, sem bola de cristal, afinal, previsões para empresas - como falado, de marcas de roupas, passando por tintas, até bancos e indústria automobilística, sobre o que as pessoas vão querer.

O termo "coolhunting" - caçadores do cool - é um termo de marketing, exatamente referente à previsão dessas tendências futuras, pois isso acarreta em mudanças no consumo, o que afeta, diretamente, os setores acima citados e muitos outros.

Para isso não é somente saber observar - é necessário um intercâmbio com diversas disciplinas, como  psicologia evolutiva, pesquisas sociais, antropologia e sociologia, para citar algumas.

O livro é basicamente um leve manual sobre as diretrizes utilizadas nessa incansável busca pelo "cool" - pelo que está in, pelo que ficará in, pelo que é "legal" - "o cool nem sempre (quase nunca) é o mais caro, o mais novo, o mais exótico", explicação dada no livro na página 7.

A definição da editora: (...)o Senac São Paulo apresenta este livro a fim de mostrar que mesmo a profissão mais cool da atualidade requer muito preparo.

Para quem quer aprender a achar uma boa idéia escondida, o livro é um ótimo guia!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Livro 10 - A Cidade e a Moda


Livro 10 - A Cidade e a Moda - Maria do Carmo Teixeira Rainho


Livro lido na rua, hoje... Dia mega corrido. Bom, na verdade esse livro é a dissertação de mestrado defendida pela autora em 1992, no Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura da PUC-Rio. Como toda tese, é cheia de citações de autores, o que pode tornar a leitura um tanto quanto chata, para quem não conhece os autores citados, ou mesmo um pouco enrolada, já que é necessário exprimir e criticar cada um, para demonstrar qual 'via' está sendo seguida no trabalho.

Mas vamos lá: a cidade do título é a cidade do Rio de Janeiro, no início do século XIX, quando do desembarque da Corte Portuguesa aqui no Brasil, e a moda é como a Corte causou impacto na cidade, não somente moda roupa, mas em todos os aspectos: arquitetônicos, sociais, culturais e, claro, como a  "elite" da cidade, que, como não havia "superiores" para se mostrar e conviver de maneira civilizada, começou a consumir e usar as roupas consideradas adequadas perante a Corte.

A cidade sofreu um processo de europeização, em todos os aspectos. A autora usou como fontes inúmeros jornais da época, manuais de etiqueta e até teses médicas sobre a saúde e higiene (havia contestações sobre, por exemplo, o uso de espartilho e também como proceder a higiene física).

Maria do Carmo cita também o que era o bom tom na hora de se vestir, demonstrando as diferenças de vestuário de mulheres solteiras e mulheres casadas, assim como homens solteiros e homens casados.
O engraçado é que uma mulher solteira tinha que ser mais recatada e sem jóias do que as mulheres casadas, para "atrair" presentes e agrados dos pretendentes... Já as mulheres casadas, com ostentação, eram como vitrines da riqueza do marido. O contrário acontece em relação aos homens, podendo usar "as modas" até com certa ousadia quando solteiro, mas com parcimônia e roupas clássicas após o casamento, para demonstrar a "seriedade" de um pai de família.

O que mais chamou minha atenção foram as opiniões dos jornais femininos, principalmente os com um viés feminista, dizendo que a moda era uma futilidade e que era facilmente esquecida e deixada de lado... Uma opinião que cai por terra em épocas de Fashion Weeks, não?

Anamaria também leu...

... e também deu sua opinião!

http://www.anamariabianchini.com.br/noticias/ver/468/e-tudo-tao-simples-eu-li-#.Txl54g3WVhg.facebook

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Livro 9 - Viva Melhor Relaxamento


Livro 9 - Viva Melhor  Relaxamento - Dra. Sarah Brewer

A Publifolha, editora do Grupo Folha, editora que sempre lança várias coleções temáticas, como guias de viagem e de profissões, tem uma séria chamada Viva Melhor, com títulos como Ashtanga Yoga, Yoga, Meditação e esse sobre Relaxamento.

O livro tem 128 páginas e foi escrito por Sarah Brewer, apresentada na contra-capa como "médica de saúde natural, formada pela Universidade de Cambridge" e autora também de outros títulos: "Como Conviver com o Diabetes" e "Como conviver com a Hipertensão".

Não há, hoje em dia, como não sofrer momentos de stress, seja no trabalho, seja com horário, seja no trânsito. A questão fica problemática quando não conseguimos nos desligar do que causou o stress. É necessário aprender a lidar com ele e incorporar momentos e atitudes de relaxamento no dia a dia. O livro ensina várias, como massagem a técnicas de respiração. O importante é criar o nosso próprio sistema de relaxamento, com coisas que realmente nos façam bem e nos acalmem, seja um banho relaxante com o uso de aromaterapia, técnicas de respiração que podem ser feitas até no engarrafamento, ou mesmo o uso de meditação e massagens.

Para podermos viver realmente melhor e com qualidade é realmente necessário aprender a nos desligarmos dos problemas ao fim de um dia, e as técnicas e exercícios apresentados no livro é um ótimo passo para nosso bem-estar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Livro 8 - Moda & Guerra



Livro 8 - Mod & Guerra - Um Retrato da França Ocupada - Dominique Veillon

Dominique é historiadora e diretora de pesquisas do Institut d'Histoire du Temps Présent no CNRS (Centre National de Recherches Scientifiques). Ela se dedica ao estudo de fenômenos sóciopolíticos relacionados à Segunda Guerra Mundial.

Neste livro a autora faz uma pesquisa minuciosa da França pós-ocupação alemã, e como isso afetou a vida cotidiana. Ela acredita que a moda tem o poder revelador do ambiente político, econômico e cultural de uma época.

Durante a Segunda Guerra, a França levou uma vida "normal", onde os pobres trabalhavam, os ricos se "mostravam" nos balneários chiques e nas festas onde tout-Paris e estrangeiros ricos frequentavam. Após a invasão da Polônia pela Alemanha, França e Inglaterra declararam guerra à Alemanha em 3 de setembro de 1939. Depois do adeus aos seus soldados, com a pergunta aflorada em todos "quando nos veremos de novo'? e a fuga de vários parisienses para as cidades do sul e/ou o estrangeiro, Paris luta para reassumir a vida, onde espetáculos e festas, e compras, apesar de muitas maisons de alta-costura estarem fechadas, continuam.

Com a invasão alemã, há dois aspectos a se considerar:
1 - a luta do presidente do Chambre Syndicale de Haute-Couture, Lucien Lelong, para preservar a alta-costura como símbolo cultural da França, apesar de todas as restrições e impostos obrigatórios sobre as mercadorias impostos pelos alemães.
2 - a luta das pessoas para sobreviverem apesar de todas as restrições, onde tudo era a base de tíquetes: alimentação, carvão, roupas, sapatos.

Na primeira questão, vê-se como, entrando em um clichê, "a união faz a força". Os alemãos queriam levar as casas de alta-costura para Berlim, como se fosse um espólio de guerra. Lucien Lelong teve um comprometimento que fez com que ele tivesse que se justificar perante o movimento de Libertação. Havia consumidor para vestidos de alta-costura, e não somente mulheres do alto-escalão nazista. Franceses ricos, sul-americanos e um pouco menos, americanos, ainda consumiam o luxo. Após a Libertação, e graças à resistência de Lelong, o mercado de luxo foi ressucitado, pois, como símbolo francês, a exportação iria ajudar a encher os cofres públicos.

Na segunda, faz com que a população crie, improvise, frenta à grandes atribulações. Saias e outras peças de vestuário são feitas a partir de lenços, cortinas, lençóis e o que mais estiver dentro do armário de casa ou livre de "pontuação" (a população tinha direito a certo número de pontos para tudo, mas alguns itens era de venda livre). A bicicleta e o metrô foram adotadas como transporte, devido ao racionamento de gasolina (que era privilégio dos alemães), fazendo com que o guarda-roupa, principalmente das mulheres, tivesse que ser alterado. Surgiram assim saias-calças, que os costureiros, para os privilegiados que pudessem pagar, faziam de forma a poderem se transformar em saia, por exemplo, através de um zíper invisível. A funcionalidade virou mote principal da roupa - que tinha que ser, frente a um inverno rigoroso, quentes, por exemplo.


A autora faz um retrato muito bem documentado desse período, dos pontos citados acima, à criação de  confeções na região de Midi, particularmente em Nice, arautos do prêt-a-porter, culminando com a criação, em 12 de fevereiro de 1947, do New Look, por Christian Dior, para uma população cansada de tanto racionamento, Quando a guerra termina, a moda não tem mais a significação que tinha em 1939, mas todos, inconscientemente, esperam uma página virar, uma renovação de estilo. Christian Dior e o prêt-a-porter são reflexos disso.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Livro 7 - O Homem de Olhos Dançantes




O Homem de Olhos Dançantes - Sophie Dahl

Sophie é neta do novelista britânico Roald Dahl, que escreveu várias histórias para crianças (Matilda, A Fantástica Fábrica de Chocolate). Inclusive Sophie foi a inspiração para um de seus personagens, do livro The BFG. Foi descoberta por Isabella Blow, uma editora de moda, e virou modelo plus size, fazendo inúmeras campanhas e editoriais para revistas.

Hoje ela escreve para a Vogue britânica, americana, The Saturday Times Magazine, The Daily Telegaraph e foi editora convidada e colunista de Men's Vogue de 2005 a 2008. Hoje, além desses trabalhos, ela também tem um programa de culinária, lançando inclusive livro de receitas.

O Homem de Olhos Dançantes foi seu primeiro livro, lançado em 2003. Com ilustrações de Annie Morris, pode, a princípio, parecer um livro infantil. Mas não é. Sophie consegue, em poucas e irônicas páginas, construir uma história de amor sem cair no óbvio e no clichê.

Tenho vontade de copiar trechos do livro aqui, trechos engraçados, irônicos, poéticos e com ilustrações maravilhosas.
(tá, só um: Pierre, a personagem principal, depois de se dar conta de que sempre acaba na Sala de Múmias no Metropolitan Museum of Art: "ela imaginava o que Ernest, o freudiano, concluiria do seu apego às múmias" - traumatizada depois de uma tentativa de fazer análise).

É um livro lindo, e bem escrito. Vale a pena ler e se inspirar (e sonhar) pelo homem dos olhos dançantes...

Deixo um texto que achei, enquanto pesquisava mais sobre o livro:

http://jmjasabia.blogspot.com/2011/05/o-homem-de-olhos-dancantes.html

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Livro 6 - A Arte de Amar



A Arte de Amar - Erich Fromm - 158 páginas

Erich Fromm foi um psicanalista alemão, além de filósofo e sociólogo. Erich nasceu em 23/03/1900 e faleceu em 18/03/1980. Sim. Ele é "antigo", contemporâneo de Freud. Mas seu livro A Arte de Amar continua tão ou mais atual do que quando foi escrito e lançado, em 1956.

Erich cita a obra Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, escrito em 1932. O livro, considerado uma "ficção científica", também é um livro que está mais atual do que nunca. O próprio autor, Huxley, falou que não esperava ver nada do que ele tinha escrito acontecer, achando que somente sua neta viveria. E ele viu e testemunhou uma sociedade "moderna": "...bem alimentado, bem trajado, sexualmente satisfeito, e contudo sem personalidade, sem qualquer contato com seus semelhantes a não ser o mais superficial...." (página 105).

Tudo isso para explicar o amor? Erich demonstra como a maioria das pessoas se prendem à idéia de ser amado, muito mais do que amar, sendo que amar exige conhecimento e esforço, não é um sentimento, mas, sim, uma decisão. Ser amável ou ser "objeto de amor" significa, segundo o autor, a ser popular e sexualmente atraente, traduzindo, ou adicionando, a fantasia do amor romântico. Ter valor é igual a ter, e não a ser.

O homem na sociedade busca união com seus semelhantes, mas aí está o "engano". Unir-se pode significar somente "existir com": "se sou como todos o s mais se não tenho sentimentos ou pensamentos que me façam diferentes, se estou em conformidade com os costumes, idéias, vestes, padrões do grupo, estou salvo; salvei-me da terrível experiência da solidão" (página 23)

Alienando-se de si mesmo, de seus semelhantes e da natureza, o homem substitui a passividade por compras, bebidas, cigarro, sexo, e qualquer outra tentativa de preencher o vazio criado dentro de si. Vejamos o que o autor fala: "o capitalismo moderno necessita de homens que cooperem sem atrito e em amplo número; que queiram consumir cada vez mais; e cujos gostos sejam padronizados e possam ser facilmente influenciados e previstos" (página 104).

Entrando em vários aspectos do amor (fraternal, erótico, mãe/filho, Deus, amor próprio), o autor explica que o amor "maduro" é a "união sob a condição de preservar a integridade própria, a própria individualidade, é uma fora ativa no homem" (página 32), ou seja, é necessário conhecer a si próprio e a outra pessoa objetivamente, a fim de se superar as ilusões e amar realmente, conhecendo o outro em sua essência.

Destes quase 50 anos que nos separam do lançamento do livro, é uma tristeza perceber que ainda estamos presos a ilusões e padrões infantis nos relacionamentos. Quem deseja dar um passo à frente, mesmo que discorde de vários pontos colocados pelo autor (sobre Deus, por exemplo) em como "evoluir" e "amadurecer", é um livro mais do que indicado.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Livro 5 - Seja Fluente na Cultura e no Modo de Vida da França

Seja Fluente na Cultura e no Modo de Vida da França - Neil Thomas - Editora Larousse (295 páginas)

Amo revistas, amo banca de revistas, e numa andança pela minha banca favorita gosto de ver os livros à venda, sempre bem mais baratos do que nas livrarias. Olhando os títulos "novos" e voìla... dei de cara com esse exemplar (já percebi que ando muito "à la francesa" ultimamente - já li sobre Maria Antonieta, um sobre estilo de vida francês moldado pelo Rei Sol, A Parisiense e agora esse).

Não encontrei nada sobre o autor, nem há nada sobre ele no livro. A Editora Larousse, cujo slogan é "cultura para todos" descreve esse livro como mais do que um guia de viagem, mas sim um guia cultural.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Livro 4 - Como Pregar um Botão





Como pregar um botão e outras coisas úteis que sua avó sabia fazer - Erin Bried


Erin é jornalista da revista SELF, revista americana que fala sobre saúde e bem estar (no começo do livro ela conta o início de sua carreira, e me lembrou Andy Sachs, de O Diabo Veste Prada - embora não tenha citado nenhuma diaba!).

Vamos ao que interessa: o livro! A leitura é rápida e divertida. Erin, para o livro, entrevistou várias "avós", citando-as e fazendo uma pequena biografia de cada uma.

A princípio parece somente um livro para ensinar como pregar um botão (detalhadamente, ela ensina) até como plantar uma horta, manter animais como esquilos e coelhos longe da mesma (oi? mal temos lugar hoje em dia para ter uma hortinha de temperos), mas eu senti algo muito maior. Algo de avó mesmo, e um retorno à uma vida mais..... como posso dizer... divertida?

Num mundo de conveniência e consumismo, onde tudo se resume à uma ligação de telefone seja para pedir o jantar até para chamar alguém para desentupir a pia (dica: vinagre e bicarbonato de sódio fazem milagres - rá! essa eu já conhecia!), não é muito mais fácil entrar no clima do DIY (do it yourself, faça você mesmo)?

Aqui no Brasil temos a jornalista Chris Campos, autora do livro Casa da Chris (http://casadachris.uol.com.br/blog), também com dicas, mas confesso que esse livro me lembrou muito mais o blog de duas garotas que resolvem fazer uma coisa diferente por dia, durante um ano (http://365nuncas.wordpress.com/). A odisséia das duas já terminou, mas vale de inspiração, por exemplo, porque não aprender a fazer um bolo, a assar um pão, a realmente pregar um botão, a dançar com os amigos em casa, a conviver com os vizinhos, a escrever um bilhete de agradecimento, a como manter um relacionamento agradável, a fazer um arranjo de flores? A ser menos dependente de algum ou alguma "pereirão", de lojas em shopping para engraxar seus sapatos e fazer suas próprias barras de calça, a curtir um jantar com amigos sem ser com comida chinesa do restaurante mais próximo.

Confesso duas coisas:

Primeira: assar pão eu não me arrisco. Minha mãe tem uma máquina que faz tudo, até panetone, e eu NÃO ouso TOCAR na mesma.

Segunda: uma dica do livro minha avó praticava, e muito: "Como escrever uma carta para um governante". Sim, eles respondiam....

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Livro 3 - A Parisiense - Ines de la Fressange



A Parisiense - O Guia de Estilo de Ines de la Fressange

Ines de la Fressange é um ícone de estilo, elegância, charme da mulher francesa - no caso, A Parisiense e tals.
O livro me fez pensar na expressão americana "kidults" - kids + adults, ou seja, adultos que não cresceram ou não querem, a geração que passou a infância e adolescência nos McDonald's da vida e jogando videogame.
E na diferença entre o padrão americano/hollywoodiano da eterna busca pela juventude, com dietas, injeções, plásticas, aplicações, tratamentos e cremes.

Ines fala que seu modelo de vida se chama Julio Iglesias, porque, perguntado se tinha medo de envelhecer, ele respondeu: " mas eu já envelheci....". Em outro livro, Danuza Leão fala que em Paris é paquerada. Há uma aceitação à maturidade maior do que em outros lugares.

Tudo isso para dizer que sim, as dicas de moda são muito interessantes, e me fizeram repensar certas coisas na minha vida (acho que juntou o livro do dia 1 também). Ines dá dicas bacanas sobre como se vestir, e como a filha dela, Nine, é a modelo das fotos, percebe-se que as dicas são coerentes, não são caretas e servem muito bem até para as mais jovens e clássicas.

Mas...confesso que esperava um pouco mais do livro. Sim, é legal ler sobre "endereços secretos de decoração em Paris", porque tem sites, podem servir de inspiração, aquela coisa. "Hotéis charmosos", "bistros e afins" fazem a gente sonhar e dá vontade de pegar um avião para Paris amanhã - amanhã?, digo agora! Bate a real, não tenho nem passaporte, quanto mais euros para gastar na loja de Roger Vivier, e muito menos crianças para entreter na viagem. Tá, é legal sonhar, quem sabe se planejar, e tals, mas na verdade acho que o título seria melhor se fosse A Parisiense - guia secreto de Paris, por Ines de la Fressange. Guia de estilo me lembra somente moda..... e confesso que Costanza Pascolate dá show nesse quesito.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Livro 2 - Um Dia - David Nicholls



UM DIA – VINTE ANOS. DUAS PESSOAS.
“A melhor história de amor atemporal para aqueles que sempre desejaram ter alguém que nunca tiveram.” – Adele Parks (escritora inglesa)
“Um livro brilhante sobre o assombroso hiato entre o que éramos e o que somos.” – Tony Parsons  (jornalista e escritor britânico)
David Nicholls nasceu na Inglaterra e é  formado em Literatura e Teatro Inglês. O que o tornou, antes de tudo, um roteirista (ok, um roteirista indicado para o BAFTA, duas vezes – mas um roteirista). Um parêntese: BAFTA – British Awards of Film and Television Arts – o equivalente ao Oscar britânico.
Um Dia originou o filme de mesmo nome, com o roteiro do próprio autor (rá) e direção de Lone Scherfig, a mesma diretora de Educação (confesso que amei esse filme, e irei assistir Um Dia por causa disso).
O que quero dizer destacando o fato que David Nicholls é antes de tudo roteirista é que o livro segue o ritmo exato, na minha opinião, de um filme. Chato – emoção – surpresa – etc etc etc.
A história está resumida, em minha opinião, no subtítulo do livro – vinte anos, duas pessoas. De 1988 a 2007, mostrando as idas e vindas de Em e Dex, Dex e Em. Emma e Dexter, dois amigos de faculdade em um dia específico – 15 de julho, durante 20 anos. Lembra muito o filme Harry e Sally – Feitos um para o outro, com Meg Ryan e Billy Crystal, de 1989 (http://www.imdb.com/title/tt0098635/), que é citado em uma parte do livro, inclusive (o que para mim já mostra como é a história).
Meio bobinho e previsível no começo, com clichês tipo “agora os dois estavam imunes um ao outro, seguros nos confins de uma firme amizade” (página 81), draminhas existenciais de Emma (“precipitação e espontaneidade não combinavam com ela”, “por que não conseguia ser mais impulsiva e espontânea”), draminhas existenciais de Dexter (juventude sexo, drogas e rock’n’roll).
Há o trabalho primoroso de destacar em cada ano da vida dos personagens o que estava acontecendo, trazendo inclusive momentos engraçados, como quando Dexter, moderninho, compra um aparelho celular e Emma, perplexa, diz que nunca irá ter um aparelho desses.
A história me lembrou dois livros e dois filmes.
Vamos aos filmes:                                                                                        
O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (http://www.imdb.com/title/tt0090060/) – filme com teens dos anos 80, como Rob Lowe e Demi Moore (sim, ela mesma). Lançado em 1985, retrata exatamente a questão do início de Um Dia – nos formamos, e agora o que fazemos, os namoradinhos, a menina que tem queda pelo “galã” do grupo e outras coisas que fazem parte da chamada “entrada para a vida adulta. Seria a primeira parte do livro (para mim).
Peter’s Friends, acho que o título em português ficou “Para o Resto de Nossas Vidas” (http://www.imdb.com/title/tt0105130/) – filme inglês, dirigido por Kenneth Branagh, com Emma Thompson, Stephen Fry, que interpreta o papel principal, e também o agora famoso internacionalmente Dr. House, o ator Hugh Laurie, entre outros. Depois de anos formados, o Peter do título convida seus velhos amigos para uma reunião, em um final de semana, em sua casa. Dramas da vida adulta, dores, seria a segunda parte de Um Dia.
O primeiro livro se chama A Pele do Desejo, de Benoît Groult, escritora francesa, sobre um casal que se conhece em um verão, numa praia, e se apaixonam, mas há vários impedimentos – ela, uma rica e burguesa garota, ele, um pescador nascido e criado na praia. Isso não impede que os dois tenham um romance. Embora pareça clichê, não é. E apesar de ter virado um filme lindo de viver (para quem se interessar, tem que baixar na internet - http://www.imdb.com/title/tt0105306/), não é uma história roteiro. É um livro.
O segundo livro se chama De Verdade, de Sándor Marai, escritor húngaro. O livro conta a mesma história, mas pela visão de 3 personagens. Também repito: é um livro, não um livro para ser adaptado para cinema, ou pelo menos não para um blockbuster de Hollywood.
Sim, Um Dia é um livro interessante e que prende a atenção, mas sinceramente, se fosse escolher, ficaria com os livros citados. Vamos ver como se sai o filme blockbuster, com a queridinha de Hollywood Anne Hathaway  (O Diabo veste Prada) e Jim Sturgess (Across the Universe).

Livro 1 - É tudo tão simples - Danuza Leão

É Tudo Tão Simples - Danuza Leão.



Me identifico muito com Danuza (embora não tenha vivido nem metade das coisas que ela viveu, e não estou falando de idade, e, sim, de experiências mesmo). Por exemplo, acho que competimos sobre quem gosta mais de táxi ("não aceito nenhum convite, seja para o que for, se n lugar não passar táxi, para não depender de carona e poder ir embora na hora que quiser. Adoro um táxi). Danuza fala que passou parte da vida querendo ter e acumular coisas. E agora querendo se desfazer.

Para mim, o livro se resume numa expressão: seja você mesma. Analise se o que você faz e tem é realmente algo de seu gosto e de sua natureza, ou seguindo regras pré estabelecidas (como ter o carro do ano e um puta apartamento ou casa). Algumas vezes contraditório, mas todos nós somos. Então, aproveite a vida, porque é tudo tão simples.... (sorry, não resisti ao trocadilho)

Algumas frases:

“Não viajo em classe econômica, é um problema de direitos humanos depois dos 45″.
“Tem coisa melhor do que encontrar uma bolsa linda, numa butique desconhecida, que ninguém vai saber e é da C&A ou da Hermès?”
“Vou confessar: às vezes tenho inveja das muçulmanas. Não fazem ginástica, podem comer o que quiserem e não estão nem aí para os pneuzinhos laterais (…). Que vontade de usar uma burca.”
"A boa educação não é artigo de luxo, mas de primeira necessidade, e não é preciso ser rico para ser educado".
"Não pode sair de casa horrenda; e se encontrar o ex com a atual? Aliás, ficar em casa horrenda também não pode. Esteja sempre impecável para você mesma, a pessoa mais importante de sua vida".
"Uma mulher solteira deve ter um exército gay sempre em posição de sentido para qualquer emergência".

Próximo livro: Um Dia, de David Nicholls

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Inspiração

Nina Sankovitch perdeu a irmã mais velha, vítima de um câncer. Abalada e deprimida, Nina resolve adotar um remédio (que partilhava com a irmã) - a leitura. Ela decide ler um livro por dia, durante um ano. Após toda essa experiência, Nina escreveu O Ano da Leitura Mágica. Não, não li o livro, só críticas, mas pelo que já percebi não é um livro de resenhas sobre todos os livros que ela leu durante esse período. Acredito que seja mais como um "diário", sobre a vida dela fora das páginas dos livros todos.

Talvez seja pretensão minha me inspirar em Nina, mas resolvi encarar esse desafio. Será que eu consigo?


Para comprar o livro de Nina:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22749446&sid=99323823013103146832366018

Em breve, o livro número 1....